Na minha teia
Nascemos, quase nem crescemos, e já estamos inseridos no mundo da fantasia.
Na tenra idade, já idealizamos princesas ou super-heróis que desejamos ser.
A sedução dos contos de fadas nos tornam, por vezes, adultos iludidos com os superpoderes e com as superproduções.
Sonhamos com heróis e suas habilidades de saltar arranhas-céu.
Alguns, mesmo sem a consciência dessa influência, procuram ser quem nunca serão. E pior, querem encontrar alguém que saia diretamente das telas de alta resolução para viver exclusivamente para eles. Roteiro covarde.
Entenda. Romantismo é uma parte boa da vida, mas NÃO é a vida!
A moça é convidada para um encontro. Música previamente selecionada no carro. Passeio. Jantar. Tudo minimamente planejado pelo pretende. Isso é muito bom.
No outro dia, o rapaz convida a mesma moça para acompanha-lo em algumas compras para o trabalho.
Faltou romantismo?!...
Sobrou interesse.
A cumplicidade é uma virtude maior que o melhor encontro cinematográfico.
O herói ou príncipe encantado da realidade é aquele que encontra todos os dias um motivo para estar ao seu lado.
Já dizia Jorge Vercilo em uma de suas mais sábias canções, intitulada de “Homem Aranha” (recomendo que ouça):
“Hoje o herói aguenta o peso das compras do mês
No telhado, ajeitando a antena da tevê
Acordado a noite inteira pra ninar bebê”
Precisamos conhecer mais as pessoas no dia-a-dia do que somente em encontros planejados. É com o ‘cara’ que aguenta o peso das compras que vamos nos relacionar.
Valorize quem está na sua ‘teia’.
Obrigada pelo espaço, Naná!
ResponderExcluirTenho mais do que a obrigação de divulgar o que é bom... Já estou esperando novos textos. Sou sua fã, Andi!
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