Amores e resfriados

É inegável dizer que nossas vidas são marcadas por amores e resfriados. Quem não ama? Quem não pega um resfriado? Até os mais duros ou desapegados possuem uma história de amor. Até os mais saudáveis e sempre munidos de vitamina C pegam um resfriado. 

Por mais que muitas vezes tentemos fugir disto nossa vida parece girar em torno de ter um alguém.  E hoje decidi falar sobre isto, e sobre  esta brilhante analogia, pois li o seguinte no livro "Tempos de Esperas" do Pe. Fábio de Melo:

"Amores desfeitos são como resfriados. Num primeiro momento são agudos, doídos. Ficamos prostrados, indispostos. Mas é só uma questão de paciência. Afetos também carecem de repouso. Precisamos deixar que o movimento natural da vida venha inflar novos ares dentro de nós. O tempo se empenha de ajeitar as coisas em seu lugar. Pode acreditar. Esse momento doloroso vai passar."

Resfriados que nos derrubam, amores que não se concretizam fazem parte da vida, talvez porque não saibamos  lidar da melhor da maneira com a vida, ou porque seja ela mesma, a vida, um tempo de alguns "desencontros necessários" . Complicada essa frase, né?! Veio agora em minha mente e não sei ao certo explicá-la, mas não temos explicações para um monte de coisas, não é verdade?! Deixemos isto para um outro post.

Eu, Anastácia Macedo, não sou expert em relacionamentos e nem me sinto a melhor pessoa para falar sobre isto, mas fui impelida em colocar em palavras o que venho pensando sobre o assunto. Ambos, amores desfeitos e resfriados baterão nossas portas, talvez nos derrubarão, mas uma hora passará, só é necessário o tempo de repouso: repouso para o corpo ( no caso do resfriado), repouso para alma (alma= corpo e espírito, no caso dos amores).  Só espero que essas pancadas não nos faça desistir do amor, assim como ter um resfriado não nos faz desistir da vida, embora naquele momento pareça que nossas forças jamais serão restauradas.

Que uma hora a gente acerte na dosagem da vitamina C e no encontro com alguém que some consoco, que escolha ficar mesmo sabendo que não é tarefa tão simples, que escolha aprender e desaprender, crescer, transformar e ser transformado apesar de ter que abrir mão de outras coisas que também lhes eram boas.